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Prof. Rodrigo Castelan Carlson

 

Controle e automação aplicados a sistemas de tráfego e sistemas inteligentes de transporte (ITS)

O transporte de pessoas e de mercadorias é atividade essencial para o funcionamento da economia. Embora haja grande potencial para aumento do transporte ativo (pedestres, ciclistas) nas cidades brasileiras, os meios motorizados de transporte continuarão a ser usados para deslocamentos longos e de cargas. Com o crescimento das áreas urbanas, particularmente das regiões metropolitanas, surge um descompasso entre a oferta de capacidade de transporte e a demanda por deslocamentos, com aumento muito mais rápido desta última em função do espraiamento urbano para fins de moradia e concentração dos serviços e empregos em áreas centrais.

O resultado do tráfego gerado pelos desequilíbrios espaciais das funções urbanas e a capacidade insuficiente de infraestrutura é a formação diária de congestionamentos, que duram várias horas, com consequências negativas tais como atrasos nas viagens, poluição ambiental, consumo excessivo de combustível, desgaste dos veículos, redução da segurança e estresse. Do ponto de vista da oferta, pode parecer que a solução seja expandir a infraestrutura viária para que alcance a demanda. Porém, à parte a lentidão inerente desse processo, as limitações ambientais—falta de espaço para ampliação da infraestrutura—e político-sociais—não é desejável desalojar moradores para abrir estradas—, tornam essa alternativa inviável do ponto de vista urbanístico e econômico-financeiro. Além disso, a demanda exceder a capacidade é apenas parte do problema: um fenômeno agravante é que a formação de congestionamentos e o uso desordenado da infraestrutura viária provocam redução de sua capacidade para valores consideravelmente abaixo daquele para a qual foi projetada.

Neste contexto, as alternativas sustentáveis de se tratar o problema da oferta de transportes são complementares. Por um lado, é preciso criar condições para a troca dos modos individuais motorizados (automóveis, motocicletas) em favor do transporte coletivo. Por outro, deve-se garantir que a operação da infraestrutura seja a mais eficiente possível. Para que isto aconteça, os sistemas de transporte devem operar de forma automatizada com ações tomadas por sistemas de supervisão e controle de tráfego para coordenação dos diversos fluxos de tráfego que usam as vias públicas.

Temas de pesquisa

  • Modelos para simulação, estimação e controle
  • Controle semafórico reativo ao tráfego vigente
  • Controle operacional de veículos de transporte coletivo
  • Controle operacional de tráfego em rodovias
  • Tecnologias de coleta de dados por multidões (“crowdsensing”)
  • Sistemas cooperativos (integração veículo-veículo e veículo-infraestrutura)
  • Planejamento de infraestruturas de transporte coletivo com automação operacional

Os temas de pesquisa podem envolver qualquer área de pesquisa em desenvolvimento no PGEAS que possa ser aplicada para a resolução de problemas de tráfego e de ITS, como as diferentes disciplinas de controle, sistemas de informação, supervisão, modelagem, otimização, automação, etc. De fato, diversos trabalhos foram e são realizados com o envolvimento de outros professores do PGEAS e seus alunos.

Links

* Associação Nacional de Ensino e Pesquisa em Transportes (ANPET) (http://www.anpet.org.br)
* Intelligent Transportation Systems Society (IEEE-ITSS) (http://its.ieee.org)
* Transportation Research Board (TRB) (http://www.trb.org)